A pedido de uma empresa do ramo de engenharia civil, sistema "turn key", contratada por uma estatal petroleira do Brasil, com 03 canteiros de obras, sendo Piúma-ES, Aracruz-ES e Prado-BA, escrevi a peça "Tempo perdido".
O desejo da empresa era de que a peça fosse impactante, chocasse os colaboradores.
Me senti desafiada, muito desafiada. Conhecia os canteiros de obras. O público do turno matutino ficaria ao sol nos assistindo.
Propus alguns roteiros mais leves, mas a empresa insistiu que se tratava de uma realidade urgente. Sem mais indagações entendi perfeitamente o objetivo e após o terceiro roteiro (isso nunca tinha me acontecido antes, sempre é aprovado o primeiro) obtive a aprovação de "Tempo Perdido".
Sucesso de público e atenção. Nem um piscar de olhos foi dado, mesmo com a luz do sol.
A história de Tião, um homem que está para ser pai.
É contratado pela empresa que chega a cidade para uma grande obra. Ele se deslumbra com os benefícios da empresa e se sente auto suficiente perante os amigos da comunidade e do trabalho.
Sua postura é a de ignorar os procedimentos sadios de segurança.
Primeiro se acidenta e não divulga, mais tarde sofre um acidente com afastamento e por último o fatal.
Sua esposa chora sua morte, mas sua amiga a consola dizendo que quem fica viúvo é quem se vai, a vida continua pra quem fica.
Tião em meio ao público faz sua reflexão tardia e alerta a todos a mudarem de atitude enquanto podem.
Gênero: Drama com doses de humor.
09 apresentações - público: 4.500 pessoas
Período: Outubro 2009
Texto: Thais Bicalho
Atores: Thais Bicalho, Priscilla Carvalho e Fabrício Chiquetto
Sonoplastia e Produção: Sonia Benvinda
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