Fui solicitada que criasse algo diferente para a divulgação de um evento dentro de uma empresa industrial.
Algo impactante, mas sem ferir a política institucional.
Logo, busquei em mim o que de mais precioso tem o ator: seus registros.
Registros de ser, estar e sentir.
O que de interessante eu tinha visto, vivido que poderia me ser útil neste momento?
O projeto da empresa já faz arrepiar. As cores estão tomando conta do ambiente industrial. E o melhor, os com a participação dos empregados e artistas locais. Um dos prédios foi concebido por um artista plástico capixaba, escolhido por meio de um concurso.
Um pouco inibida propus a empresa uma ação um pouco ousada, baseada no Corpores, trabalho de instalação artística ímpar, porém bem adaptada à realidade do ambiente de trabalho.
Uma malha de cor gelo foi utilizada por um artista, que se fazia de tela viva, e um outro como pintor oferecia pinceis e tintas para os empregados pintarem a tela.
A tela se movia e conversava com eles, levando a mensagem de como a arte transforma a vida, de como as cores transformam o ambiente.
Foi emocionante.
De diretor a operador, todos se sentindo importantes ao perceberem que a arte faz realmente toda diferença, onde quer que ela habite.